Em um movimento que agitou o mercado automotivo, o presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (14) que estuda conceder isenções temporárias às montadoras diante das novas tarifas de 25% sobre carros importados — medida que, se confirmada, elevaria o preço dos veículos para consumidores americanos em milhares de dólares.
“Precisam de mais tempo”, diz Trump
O republicano justificou a possível flexibilização ao citar a necessidade de adaptação da indústria:
“Estou analisando medidas para ajudar montadoras que ainda dependem de peças do Canadá e do México. Elas vão produzir mais nos EUA, mas precisam de um prazo.”
Atualmente, nenhum carro é 100% americano — mesmo os veículos montados nos EUA utilizam componentes estrangeiros, principalmente do México e Canadá, países afetados pela política protecionista de Trump.
Wall Street reage com otimismo
As ações das gigantes Ford, General Motors (GM) e Stellantis (dona da Jeep e Ram) valorizaram-se imediatamente:
- GM: alta de 4%
- Ford e Stellantis: sobem cerca de 3%
O anúncio ocorre dias após a Alfândega dos EUA isentar produtos eletrônicos (como celulares e laptops) das tarifas extras sobre importações chinesas, que chegariam a 145%.
O que está por trás da mudança?
Analistas veem a medida como um recuo tático:
- Pressão da indústria: Montadoras alertaram que tarifas elevadas encareceriam carros novos, reduzindo vendas.
- Cenário eleitoral: Com a eleição presidencial se aproximando, Trump busca equilibrar seu discurso protecionista com preocupações econômicas.
Próximos passos: A Casa Branca não detalhou prazos ou critérios para as isenções, deixando o mercado atento a novos desdobramentos.